sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz 2012

Última postagem do ano! Espero que todos os meus leitores continuem comigo em 2012 e que novos venham. Comecei a escrever aqui há alguns meses, espero que no ano que vem eu tenha mais tempo para escrever mais e sobre assuntos relevantes. Gostaria de promover debates sobre temas atuais com a participação de todos na tentativa de prestar um serviço a todos nós. Obrigado a todos que me acompanharam nesse tempo e quero aproveitar para desejar um 2012 cheio de saúde e disposição para corrermos atrás de todas nossas realizações, sejam pessoais ou profissionais. Fiquem bem! ^^

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O caos nosso de cada dia no trânsito

Falta de respeito no trânsito

Hoje foi um dia daqueles em que o subúrbio engarrafou! Sim, foi-se o tempo em que congestionamentos eram exclusividade do centro de Belém, hoje em dia o subúrbio também é chic, e vive seus minutos de caos como toda grande metrópole do Brasil. Você pode até dizer que isso é normal e que nossos congestionamentos não são grande coisa se comparados com os de São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo. A questão é, até quando a prefeitura vai ficar parada vendo o transito lentamente parar?
Há tempos que o entroncamento é um cartão de visitas problemático. Mesmo antes da construção da rotatória, a tragédia já era anunciada. Fizeram projetos, o dinheiro foi liberado e um pouco foi feito. E como de costume, o pouco feito foi insuficiente para sanar o problema. O trânsito é intenso demais e muitas pessoas não são preparadas para usar rotatória pelo simples fato de não serem bons motoristas. E mais uma medida paliativa foi implementada.
Deve-se lembrar que alem do complexo viário do entroncamento, foi gasto uma fortuna para erguer o Pórtico Metrópole. Uma obra de forma fálica de extremo mau gosto, que mais serve para lembrar o patriarcalismo e coronelismo que infelizmente ainda vivemos. A obra foi criada com a promessa de desafogar o trânsito do entroncamento e proximidades, mas infelizmente, outra obra paliativa.
Rua da Marinha congestionada
É claro que não podemos esquecer que o motorista tem grande parcela de culpa nesse caos do qual o transito de Belém vem se tornando. Falando claramente, tem muita gente sem capacidade de dirigir por aí, isso somado a falta de educação imprudência na certa. Muitos motoristas estavam correndo pelas vielas do conjunto onde vivo e por pouco uma criança não foi atropelada. No fim da tarde do hoje o transito aqui na vizinhança estava assim: ônibus não respeitava carro menor, ninguém respeitava o pedestre, o pedestre corria na frente do carro, bicicletista pensava que estava em moto, era um caos absoluto.
Congestionamento perto da rotatória
Às vezes tenho a sensação de que o poder público está esperando Belém parar e mais pessoas morrerem para fazer algo, não é possível que eles não estejam vendo o caos aí nas ruas. O poder público levou uma vida para construir a rotatória do entroncamento, e até onde lembro, no projeto original havia dois elevados que ficaram de fora da obra, e agora a prefeitura vem dizer que vai construir os mesmos no próximo ano, mas em quanto tempo?
O incrível nisso tudo é que a cidade está crescendo para esse lado pós entroncamento, o transito vem ficando cada vez mais caótico, a ciclovia que iria até Icoaraci ficou pela metade, a Rodovia Augusto Montenegro está se deteriorando, e em alguns pontos o transito segue lento, principalmente no cruzamento perto do supermercado Líder.
A cada dia que passa a situação piora, não sou engenheiro de trânsito, mas parece que se nada for feito vai chegar um momento em que tudo vai parar. E é de todo um sistema que falo, para termos um transito melhor precisamos ter vias melhores, agentes de transito capacitados, sinalização, políticas públicas que conscientizem o motorista a dirigir melhor, ser mais educado e paciente. Hoje ficamos parados vendo isso acontecer, amanhã poderemos estar parados dentro de um carro em um engarrafamento (isso se não for em um ônibus lotado). Infelizmente o transito em Belém está igual a cara do progresso brasileiro, segue lento e de mãos dadas com a pouca educação que temos. 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Preconceito: uma ferida aberta em nossa nação

O Brasil deveria ser um país sem preconceitos. Infelizmente isso é utopia. Há quem promova correntes de ódio nas redes sociais. Para muitas pessoas do Sul e Sudeste, os Nortistas e Nordestinos não passam de estorvo para a economia brasileira. Acho inacreditável que esse tipo de preconceito exista em um país multicultural como o Brasil, depois de toda nossa história de colonos, massacres indígenas, escravidão e discriminação, tudo o que não precisamos são demonstrações de ódio e preconceito nas redes sociais.
Uma usuária do twitter deflagrou comentários preconceituosos e racistas contra nordestinos (racismo não é crime?) na noite de ontem e manhã de hoje (09/12). O pior é esse tipo de atitude acaba atraindo outras pessoas que pensam da mesma forma que ela. Eu não entendo como pode as pessoas falar tanto de desenvolvimento do Brasil, com tanto preconceito e ódio embutido?
Infelizmente o preconceito é uma via de mão dupla. Algumas pessoas levantam a bandeira contra o preconceito exaltando o que o povo nordestino tem de melhor, como as praias, o calor humano, o carnaval, a alegria de um povo. Enquanto que outras pessoas fazem ataques igualmente preconceituosos contra os sulistas. O que é necessário entender é que não se deve combater ódio com ódio.
Nem todas as pessoas do Sul compartilham da opinião dessa moça, assim como nem todas as pessoas do nordeste compartilham de opiniões de ódio contra as demais regiões. Na cola de tudo isso, vem a galera da ‘liberdade de expressão’. Eu já disse antes que todos têm o direito de falar o que bem entender, desde que se responsabilize pelo o que foi dito.
O que essa garota postou vai muito além de opinião pessoal, o que ela escreveu é de uma periculosidade neonazista. Acho que se as pessoas tivessem um acesso melhor à educação de qualidade, elas não cometeriam os erros de outras nações como a xenofobia e preconceito.
É triste ver que a noção de nação quase não existe em nosso país. Como crescer com tanta desunião? Alguns sulistas reclamam que ‘sustentam’ o nordeste. Mas não é dever de uma nação zelar pelas regiões mais carentes? De onde vem tanto individualismo? Isso eu não saberia como responder, mas talvez essa atitude individualista justifique o motivo de tanta corrupção. Talvez esse ódio e preconceito, essa desunião explique porque há tanta gente desviando dinheiro sem o menor peso na consciência. Afinal, se não houvesse tanta corrupção talvez o norte e nordeste não fossem tão necessitados de ajuda.
Devemos ser conscientes de que somos um povo, devemos combater todo tipo de preconceito e discriminação. Contudo, devemos combater de forma inteligente, e não com a mesma moeda. Eu tenho certeza de que esses sentimentos tão pobres não são da maioria desse povo genuinamente brasileiro. Sejamos filhos unidos, façamos de nossa mãe pátria, cada vez mais gentil.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Um exemplo de vontade popular (O retorno dos Apinagés)

Aconteceu recentemente em Belém um ótimo exemplo de força e união, uma luta pela vontade popular sobre a tirania de alguns de nossos políticos. A queda de braço entre o vereador Gevársio Morgado (PR) e o movimento popular apartidário Sempre Apinagés, que vinha acontecendo nos últimos meses, teve um desfecho hoje.
Povo não aceitou a mudança
Tudo começou quando um projeto apresentado pelo vereador acima citado trocou o nome da Travessa Apinagés pelo nome de um empresário da cidade, falecido no ano passado. Para muitos a troca foi arbitrária, uma vez que feria o patrimônio cultural da cidade e não houve a consulta popular.
O movimento pressionou o vereador Morgado e a Câmara Municipal de Belém (CMB) pelo retorno do antigo nome que fazia homenagem, como muitas outras ruas de Belém, a uma das nações indígenas que aqui habitavam. A decisão foi unânime (28 a 0), e alguns moradores que vivem na avenida há mais de 40 anos, e que estavam presentes na CMB, optaram por chamar a travessa não apenas de Apinagés, mas de Travessa dos Apinagés.
O brado popular deve ser ouvido
Este movimento é um exemplo de como o povo pode ser forte quando preciso. É importante sempre bater na mesma tecla, observe em que você votou, cobre, compareça na CMB, faça valer seus direitos. Uma pessoa sozinha pode ser apenas uma voz, mas um grupo organizado e que sabe o que quer, pode ser um brado retumbante nos ouvidos dos políticos. Hoje a vitória foi em busca de nossa identidade cultural, amanhã pode ser para melhorias na educação, saúde, segurança pública, melhores condições de vida, melhores salários...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O pensar de um político: Bolsonaro não respeita nem a Presidente

Se falta opções...

Eu tenho muito pouca fé nos políticos brasileiros. Toda eleição é a mesma coisa, eu procuro, procuro e procuro por alguém que tenha um pingo de coerência aliada a responsabilidade social. Quando não encontro pessoas assim, não tenho a menor vergonha de dizer que anulo meu voto. Faço isso com freqüência, mas não de forma irresponsável. Faço por que infelizmente temos muitos picaretas e aproveitadores travestidos de políticos. Uns ficam caladinhos apenas mamando nas tetas (fartas e carnudas) do governo, outros fingem que se importam, outros pensam que democracia é rivalidade (o meu PSDB é melhor que o seu PT), e há quem apenas queira chamar atenção para suas ideias retrógadas como o Deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ).
Dilma Rousseff
Em discurso na tribuna da câmara dos deputados em Brasília, ele insinuou com todas as letras que a Presidente Dilma Rousseff seria homossexual. Aparentemente o deputado, que critica e é contra os projetos anti-homofobia do governo, faltou com o decoro ao questionar sobre a sexualidade da Presidente.
Há quem vá promover as ideias do dito deputado, mas o problema que eu vejo é a falta de humanismo do mesmo. O homem tem um Ideal que vai de encontro ao que muitos lutam como igualdade, fraternidade, justiça e oportunidades de se exercer a cidadania em um país que se diz democrático. E algo que me incomoda é que se este senhor está lá, é por que uma parcela significativa da população concorda com tudo o que ele diz e defende.
Jair Bolsonaro
Não concordo com o ponto de vista do referido deputado, mas me pergunto, por que ele não gasta a energia, a facilidade de falar, seu apelo social em coisas realmente relevantes? O Bolsonaro insiste em atrapalhar o trabalho daqueles que estão lutando contra o ódio e o preconceito, seja dentro ou fora das escolas. Será que ódio e preconceito são inerentes ao deputado em questão? Ele alega estar defendendo a família brasileira, mas sendo assim, eu posso afirmar que conheço muitas famílias descentes que partilham do meu medo para com este homem.
No fim das contas o Bolsonaro tem o perfil de um legítimo Bully: ataca todos que são diferentes e não pensam como ele, tudo para chamar atenção para si. Infelizmente, ele é mais um que pode dizer o que quiser, pois é intocável. Contudo, levantar questões sobre a sexualidade da Presidente Dilma foi de uma deselegância enorme, sem falar que o mesmo pode ter cometido o crime de injúria. Mais um exemplo de que nossos políticos aparentam estar perdidos, sem saber o que fazer, sem saber como trabalhar. Quero acreditar sinceramente, que políticos melhores virão. 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Fim de greve, o prejuízo é de quem?

Fim da greve dos professores da rede estadual de ensino e parece que nada mudou. ‘Agora sim, meu filho não vai mais ser prejudicado’, disse um senhor na praça aqui perto de minha residência. Meu sobrinho disse que os professores levarão as aulas até junho do ano que vem, ‘sem férias!’ reclamou ele. O governo do estado prometeu pagar o piso em 2012. E então, será que está tudo uma maravilha?
Agora que os professores voltaram às salas fica uma pergunta, alguém ainda está sendo prejudicado? Fora o professor que precisa trabalhar em regime semi-escravista, temos muitos outros prejuízos dos quais a imprensa não faz cobertura. Muitos de nossos alunos freqüentam escolas sem a menor estrutura, sem higiene e segurança, por exemplo.
Por todo o Pará temos escolas caindo aos pedaços, faltando carteiras, material didático, professores qualificados e condições mínimas para uma educação pública de qualidade. Contudo, isso não é notícia. Agora sim, uma vez que os professores voltaram ao regime de trabalho semi-escravo, muitas pessoas devem pensar que os alunos não são mais prejudicados. E viva o governo do estado.
Recentemente estive em um colégio estadual no centro de Belém. O piso era cheio de buracos, as paredes eram pichadas, os ventiladores funcionavam de forma precária e nem vou falar da imundície dos banheiros. Aluno nenhum devia ser submetido a tal situação, mas agora que os professores cessaram a greve, acho que os alunos pararam de ser prejudicados, não é mesmo? Se no centro da capital as escolas estão assim, imagina as escolas do interior do estado.
Sonho com o dia em que o povo perceba qual a origem real do problema, e não ficar tacando pedras onde não é devido. Vamos acordar minha gente, os alunos têm direito a uma escola melhor, os professores têm direito a um salário digno, nós como sociedade temos direito a governantes melhores. Só nossa conscientização política pode transformar todos nossos direitos em realidade, somente nossa união pode construir um país digno, grande e forte, para nós e nossos filhos.

domingo, 13 de novembro de 2011

Poluição sonora, sintoma de um mal maior

A poluição sonora é um sintoma de uma sociedade doente. A sociedade brasileira parece estar em processo de decadência acelerada. Falta estrutura para diversas áreas primordiais como saúde e educação. A falta de educação de algumas pessoas afeta diretamente o bem estar e saúde de outras pessoas. O que falta para a sociedade é se conscientizar de que barulho incomoda a todos, e respeito e fundamental para uma boa convivência.
Hoje acordei ao som de fortes bastidas. O vizinho resolveu trocar o piso da casa dele ou algo do gênero. Sete horas da manhã de um domingo e os pedreiros, que não têm culpa de nada, batem, martelam, trabalham em ritmo de chicotadas, afinal o chefe chega da praia amanhã e quer ver tudo pronto.
Moro em uma rua movimentadíssima, durante a semana o som dos carros e buzinas são bastantes ensurdecedores. Os motoristas gritam, xingam, saem na contra mão e sempre, sempre estão certos. E para ‘alegrar’ todo esse caos, esse mar de mal educação, o carro som anuncia alegremente a subcultura das aparelhagens ‘mulheres e universitários não pagam até meia-noite’ grita o homem pela caixa acústica.
Onde quer que essa festa aconteça, os organizadores do evento não vão se importar nem um pouco se as ‘músicas’ vão incomodar os vizinhos ou não, o que eles querem é ganhar dinheiro de um povo que, infelizmente, sequer sabe se divertir. Um povo que vai voltar depois da festa fazendo barulho pela madrugada, atiçando cachorros, quebrando garrafas e muitos dos quais, assaltando pessoas que saem nas primeiras horas do dia para trabalhar. Trabalhadores cansados que não tiveram uma boa noite de sono, por conta da ‘música’ que tocava alto.
Vendedores ambulantes, carro-som, construções, carros com música alta, lojas com caixas acústicas anunciando promoções, celular no ônibus barulho para dar e ensurdecer. Nada de errado na opinião de muitos, faz parte desse cotidiano ‘maluco’ alegam outros, nada além da boa e velha liberdade de expressão. Bom, a meu ver isso é mais um sintoma de uma sociedade doente, falta-nos amor, compaixão e acima de tudo respeito ao próximo. Faltam-nos políticas que nos ensinem a conviver em sociedade, uma sociedade sadia onde um enxergue o outro, e não que andemos vendados por um mundo de poeira barulho.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

E a greve continua

Só querem o que lhes é de direito,
só querem menos do que merecem.

É triste ver como os nossos professores são tratados. A greve dos professores da rede pública estadual que já está por volta do seu 60º dia continua. A situação é lamentável, mas a greve não pode ser vista como algo ilegal como alguns pregam. Os professores estão sendo tratados de forma arbitrária enquanto que muitos alunos continuam sem aula.
É papel do governo negociar uma saída para o empasse, contudo o poder público insiste em expor os professores como os causadores maiores do problema. Se por um lado os professores insistem em não voltar às salas de aula por causa de seus direitos, pelo outro o governo do estado está irredutível e não pretende pagar o que é devido aos professores.
Colabora com o povo governador!
No meio dessa queda quem perde são os alunos que não têm nada a ver com tudo isso, muitos deles não têm condições de migrar para o ensino privado e acabam sendo muito prejudicados, especialmente aqueles que prestarão vestibular este ano. A imprensa mostra os professores como os culpados da situação, o que leva a opinião de muitos pais e alunos contra os professores. Contudo, há quem não se deixe enganar e consiga ver que os professores querem apenas o que lhes é de direito.
Infelizmente a educação não é prioridade nem no estado do Pará nem no resto do Brasil. O profissional da educação é cada vez mais desvalorizado, e um ponto preocupante é que está sendo criada uma cultura de que a profissão realmente não é digna de valor. É triste saber que o profissional se dedicou quatro anos na universidade para depois ser maltratado e desrespeitado pelo poder público e sociedade em sua maioria. Muitos são insensíveis quanto à importância da educação, parece que os corações dos governantes são tão vazios quanto as salas de aula da rede pública estadual.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Pais, crianças, educação e tecnologia

O acesso à Internet faz parte da educação da criança? Há quem pense que basta por comida na mesa, comprar roupas, e mandar para escola. Contudo, os pais são parte fundamental no desenvolvimento da criança. São eles que vão ajudar a construir um cidadão crítico e prepará-lo para exercer sua cidadania. Com o fácil acesso à informação, tecnologia, redes sociais, enfim, a um mundo do qual muitos dos pais não estão acostumados, esse papel ganhou importância maior. O uso adequado, as redes sociais, a prevenção dos males do mundo virtual e os aparelhos de acesso devem ser claramente discutidos com a criança.
Tudo Conectado
Assim como muitos de nossos pais foram recriminados por causa do excessivo uso da televisão, alguns pais de hoje recriminam os filhos por usar a Internet em demasia. O que muitos pais (inclusive pais na faixa entre 20 a 30 anos) não conseguem entender é que a Internet não é uma moda, ou uma febre juvenil. A Internet é um veículo de comunicação que pode ser bom ou ruim. O que vai definir isso é o tipo de educação que a criança está recebendo. É triste ver que há muito usuário que resume a Internet às redes sociais e MSN. Pais que agem dessa forma em frente aos filhos acabam por induzi-los aos mesmos hábitos, privando assim, a criança de muitos benefícios que a rede mundial de computadores pode oferecer.
As redes sociais podem ser fontes de saber cultural
Há quem diga que as redes sociais estão virando domínio de pessoas maliciosas, e que as crianças estariam sujeitas a esse perigo, há quem pense que o Facebook se resume ao CTRL+C e CTRL+V. A verdade é que cabe aos pais educar a criança a como usar as redes sociais. Ensiná-las a não aceitar qualquer pessoa no seu perfil e alertá-las para o fato de que há muitas pessoas que mentem na Internet. As redes sociais podem ser de grande auxílio na formação de um indivíduo critico. Há fóruns dos quais qualquer pessoa pode participar e promover debates sobre diversos assuntos. O Facebook, a mais popular rede social, contém muitas páginas com informações variadas e culturas de diversos pontos do mundo. É uma ferramenta que vai muito além de ‘curtir’ o status do colega, é uma área de compartilhamento de idéias, conhecimento e cultura. Conhecer e aprender sobre cultura seja nacional ou estrangeira, é expandir horizontes.
Uma coisa preocupante na Internet é que a cada dia vemos mais e mais mensagens de ódio. Esse tipo de intolerância, seja ela étnica, religiosa, política ou cultural, deve ser combatida, infelizmente não há como proteger a criança disso. Nesse caso, o diálogo é uma ferramenta importante no combate à intolerância e preconceito. Os pais devem ser amigos e educadores, e estar sempre disponíveis para esclarecer o mundo para a criança. Uma criança bem informada será o adulto responsável do amanhã.
A tecnologia faz parte da vida
Os aparelhos tecnológicos também são considerados vilões, há quem diga ‘Na minha infância eu brincava de pião’, tudo bem, mas a realidade hoje é outra. Não se pode educar a criança hoje como há 30 anos, nem dizer que os jovens estão corrompidos por causa do acesso à tecnologia. Laptops, smartphones, tablets, entre outros são ferramentas do nosso dia a dia. Não há como dizer que eles são vilões quando na verdade eles são ferramentas que facilitam a nossa vida, educação e preparo da criança para lidar com isso é preciso.
União e preparo faz a diferença
Volto a bater na mesma tecla, o problema não é a rede e os meios de acessá-la, e sim a falta de informação. Os pais devem informar-se sobre aparelhos e instruir os filhos de como usá-los. O diálogo é a palavra chave para o preparo da criança frente a tanta informação. Amizade e educação podem mudar o mundo e preparar a criança para viver em um mundo onde tudo está conectado e ao alcance de um toque.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Eu falo por saber o que se passa,falo por ser brasileiro

Eu realmente torço por um Brasil grande, igualitário e digno para todos os brasileiros. Mas se tem uma coisa que aprendi é que o Brasil não vai se tornar uma grande potência da noite para o dia. Talvez esse país justo e ideal que muitos de nós sonhamos nem aconteça neste século. É apenas com uma conscientização da população que poderemos construir alicerces para um futuro melhor. Contudo, devemos tomar cuidado com as propagandas enganosas que volta e meia são veiculadas por aí.
Não sou do tipo também que critica sem um fundamento, mas me sinto extremamente desconfortável com pessoas que insistem em dizer que o Brasil também não é tão ruim como parece, que os poucos pontos positivos devem ser exaltados. Eu acho que o país tem realmente alguns pontos positivos, mas eles não são suficientes para sanar séculos de abuso e exploração, não são suficientes para fazer o povo brasileiro, aquele verdadeiro povo brasileiro, o cansado, o oprimido, o discriminado brasileiro sorrir.
Atualmente circula no Facebook a carta de uma Holandesa, que ninguém sabe o nome ou quem é. A carta cita alguns pontos, que segundo a autora anônima, não são devidamente valorizados pelo povo brasileiro. E de quebra, ataca o brasileiro chamando-o de negativista (sendo Holandesa e anônima, ela deve entender de Brasil e brasileiros).
Ela começa a carta com:
 “Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos”.
Oras, basta ter um pingo de coerência para saber que todos os lugares do mundo têm seus pros e contras, assim como o Brasil. Não acho que seja vicio meu falar do Brasil, acho que eu sei o que se passa aqui e não me deixo vendar com a propaganda que passam. Quem já esteve fora do Brasil sabe muito bem como a imagem do Brasil é passada, para o mundo o Brasil é um pais emergente livre de pobreza. Isso mesmo, o governo Brasileiro vende o Brasil como se não houvesse problemas graves de infraestrutura, saúde e educação. Em outro ponto ela diz se referindo às companhias de telefonia da Holanda.
“Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado”.
Qual a fonte dessa informação? É muito fácil qualquer um se passar por uma Holandesa anônima e afirmar que a peste negra voltou à Europa. Em relação à telefonia apenas posso dizer o que eu sei: Nos EUA você paga uma taxa equivalente a 30 reais pelo serviço de telefone fixo ou móvel, então você fala, manda mensagens e acessa a Internet de forma ilimitada. Enquanto que a cobertura de telefone móvel no Brasil está longe de ser boa.
“Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer”.
Independente de falta de higiene ou não, essa é uma questão cultural. Conheci uma menina Americana que achava muito estranho comer pizza com garfo e faca, vou julga-la por isso?  Palito de dente de Francês é o dedo, e aí? Nós tomamos tacacá diretamente da cuia, o mais engraçado é que BRASILEIROS acham isso um ato de selvageria. Muitos brasileiros demonstram intolerância com o fato de tomarmos tacacá na cuia, chamam-nos de selvagens e mal educados. Assim como temos nossos traços culturais, devemos respeitar os traços culturais de outros povos, não?
“Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne”.
Como se aqui fosse diferente. Essa parece a opinião de alguém que deve ter visitado apenas os grandes centros urbanos do Brasil. Durante o ano de 2011, a secretária de saneamento de Belém considerou apto para funcionamento apenas DOIS açougues em Belém, apenas dois. Quem acha que no Brasil é diferente de outros lugares do mundo, nunca foram em feiras dos subúrbios de Belém entre outros do Brasil.
”Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de ‘Como conquistar o Cliente’”.
A diferença é que Garçons em Paris ganham o suficiente para saúde, educação, lazer e de quebra ter casa e carro próprio. Não que isso justifique o fato do desrespeito, é que no Brasil, se o garçom resmungar vai parar na rua sem direito a nada.
“Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos”.
Se você for ao mais longínquo interior dos EUA, você vai notar que as casa têm a bandeira norte Americana nos jardins frontais de cada residência. Isso sim é um patriotismo, e esse patriotismo é refletido nos filmes e outras manifestações artísticas, o que há de errado nisso? Quem pode julga-los? No Brasil só se é patriota quando a seleção de futebol está na copa do mundo, e se for eliminado eis que o patriotismo acaba mais rápido do que dinheiro de assalariado em dia de pagamento.
Todos que tiveram uma boa educação no ensino fundamental e tem a menor noção de política sabe muito bem porque o Brasil tem muitas montadoras de automóveis. Incentivos fiscais, mão de obra barata, e mesmo assim os carros Made In Brazil não são baratos o suficiente para que a classe menos favorecida tenha um carro próprio.
“O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês”. E quantas dessas empresas de telefonia são brasileiras? Quantas dessas empresas de telefonia oferecem uma cobertura descente e preços acessíveis nos planos e aparelhos? Assalariado só pode ter celular se parcelar no carnê das casas Bahia. E já falei como funciona o sistema de telefonia nos EUA né (país em crise).

Agora respondendo às perguntas da ‘Holandesa’ anônima:

1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?

Por que a média de um preço de um livro no Brasil é de 50 reais, excluindo grande parte do assalariado e desestimulando a leitura entre jovens e adultos. E nunca custa lembrar que quantidade não significa qualidade.

2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?

Porque mais de 80% dos bancos são de iniciativa privada internacional. Temos muito poucos bancos públicos nacionais. O maior banco público do Brasil, a caixa econômica, está sucateada e é muito desrespeitosa para como o usuário.

3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?

A propaganda é a alma do negócio. Alguém precisa divulgar as marcas das multinacionais.

4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?

Até acredito que pessoas se voluntariem para serviços, mas acho difícil que pessoas que vivam na linha de pobreza ou ricos estejam no meio de pessoas que dediquem seu tempo a trabalho voluntário.

5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?

Por que a democracia no Brasil é uma farsa. Aqui em Belém temos o exemplo de vereadores mudando nomes das ruas SEM o consentimento popular. Um ato inconstitucional e desrespeitoso. Vemos oligarquias tomando cada vez mais o poder, pedófilos sendo inocentados (isso por que estão punindo uns aos outros) e a verdadeira vontade do povo sendo deixada de lado por famílias de políticos que visam apenas seus interesses e da iniciativa privada.

Durante as eleições o povo é OBRIGADO votar. O que seria um direito passa a ser um dever, uma obrigatoriedade.

6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?

Para começar em outros países não existe o foro privilegiado, coisa que foi criada durante a ditadura. O politico brasileiro hoje em dia pode fazer o que quiser que não pode sequer ser preso. O voto para julgar culpado ou inocente os atos dos parlamentares envolvidos em corrupção raramente é aberto, facilitando a absolvição dos envolvidos. E ‘punindo os próprios membros’ é muita falta de respeito com nossa cara né? Não faça o Maluf rir.

7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?

Sim, isso é verdade, tanto os honestos quanto os trombadinhas quando assaltam. Lembro de um caso de um casal de idosos que vieram da Europa conhecer Belém. Os pivetes levaram os documentos e o dinheiro deles entre outros pertence. O comentário que eu mais ouvi foi ‘Quem mandou ser besta, foi se exibir com a câmera e deveu’. Quanta hospitalidade, mas parece inveja.

Acho que o Brasil tem sim seus pontos a serem exaltados, mas a verdade é que se tratando de desenvolvimento humano o Brasil ainda está muito aquém dos Países desenvolvidos. Não temos educação, um professor vale menos que um jogador de futebol semianalfabeto. Nosso país tem jovens de classe média alta, espancam, matam e fazem o que bem entendem com a certeza de impunidade, e o que fazer?

Não escrevo tudo isso por que eu odeie o Brasil o por falta de patriotismo. Apenas odeio ver propagandas na TV e na Internet de um país que não existe. Ver que existem propagandas que foram feitas para mostrar para o mundo que o Brasil evolui, e quando saio não muito longe de casa posso ver pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza. Há muito que melhorar no Brasil, não nos deixemos enganar por propagandas que mostram um país de ricos, e não do povo ao qual ele realmente pertence. O povo que batalha diariamente para construir um país cada vez melhor, mais digno. Sou brasileiro, e acho que tenho direito de criticar meu país.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Travessa Apinagés e a vontade popular

Recentemente a travessa Apinagés teve seu nome trocado para Travessa Jerônimo Rodrigues, em projeto apresentado pelo vereador Gervásio Morgado (PR) e aprovado na câmara por 24 votos a 4. Para que possa ser feita a mudança de nome de logradouros públicos, é necessária uma consulta popular. Aparentemente não foi feita nenhum tipo de consulta com os moradores da Travessa e adjacências. Muitas pessoas em Belém sequer sabem da mudança enquanto outros se sentiram ultrajados alegando assassinato cultural. Nos últimos meses diversas pessoas vêm se mobilizando através de abaixo assinado como uma tentativa de trazer de volta o nome da Rua Apinagés.
Existem muito poucas homenagens às nações indígenas ao longo de nossa estória. Pela cidade podemos ver Timbó, tupinambás, Mundurucus entre outras ruas que lembram que estas nações estiveram aqui antes de nós. Estas são homenagens legítimas sem nem um tipo de fim lucrativo, onde tudo o que se anseia é lembrar-se de povos que são os habitantes originais desta terra. Lembrá-los é manter viva a memória de um povo.
Contudo, esquecer estes nomes com o intuito de homenagear empresários, instituições e políticos, nada mais é do que atos com fins lucrativos sejam eles eleitoreiros, demagogos ou financeiros.
Os nossos políticos parecem estar deveras preocupados com tais homenagens à chamada elite de Belém. Talvez eles não saibam o papel de um vereador, pois a sensação que temos é de que os políticos defendem interesses da iniciativa privada, e, eventualmente, eles mesmos e esquecem que há um povo que confiou neles e que no fundo, em muitos casos, foram enganados.
O ato de trocar o nome das ruas de Belém que representam nossa história é um desprestígio para com toda uma população e sua memória. Amanhã (20/10) será feita uma sessão especial na câmara municipal de Belém (CMB) para discussão do tema acerca da volta do nome Apinagés. Esperemos que desta vez os vereadores entendam a vontade do povo e o atenda sem mais delongas. 

terça-feira, 18 de outubro de 2011

'Puxada de orelha' ao vivo deixa apresentador do SBT Pará constrangido

O apresentador do SBT Pará acabou levando uma puxada de orelha de sua diretora ao vivo depois de mostrar sua opinião um tanto quanto tendenciosa. O fato ocorreu na edição de hoje (18/10).
O jornalista apresentava uma reportagem sobre um acidente na marques de Herval envolvendo uma caminhonete e um caminhão. Segundo testemunho de transeuntes, a motorista da caminhonete teria avançado a preferencial ocasionando o acidente.
Após a apresentação da matéria, o apresentador disse que há muitas pessoas despreparadas no trânsito, e que essas pessoas deviam estar em casa limpando o chão ou atrás do fogão, ele ainda tentou amenizar dizendo que isso valia para homens e mulheres, mas o estrago já estava feito, para a surpresa de muitos telespectadores a diretora chamou a atenção do apresentador ao vivo.
Segundo ela o apresentador foi tendencioso com o argumento apresentado. A diretora ainda disse que dirige muito bem e que muitos homens dirigem mal, o apresentador por sua vez disse que não tinha uma única multa. Depois do leve bate boca, o apresentador totalmente sem ação, limitou-se a dizer que em nenhum outro jornal o telespectador veria uma discussão democrática como aquela.
A guerra dos sexos é antiga, mas é preciso saber que as mulheres estão presentes em várias profissões. Passou-se o tempo em que homem poderia dizer qualquer coisa sem esperar por uma resposta. Admiro muito mulheres que são fortes e independentes, em um mundo com tanta repressão cada ato como esse é uma vitória. O que você acha? Dê sua opinião.

sábado, 15 de outubro de 2011

Morre sem teto nas ruas de Belém

Um morador de rua passou mal e veio a óbito no inicio desta noite (15/10) na Boulevard Castilhos França, no Ver-o-Peso em Belém. Segundo relatos, o homem estava pedindo esmolas quando passou mal e veio a falecer na calçada.
A polícia confirma se tratar de um morador de rua. O policiamento aguarda a chegada do IML para remoção do corpo. As causas da morte ainda são desconhecidas.
Fica agora a pergunta: Quantas pessoas mais precisarão morrer para que o povo brasileiro acorde para a realidade? Quantos mais vão morrer como indigentes, ou nas portas de um pronto socorro, mortos no fogo cruzado da policia e bandido?
Quando é que o povo vai criar a consciência de que há algo muito errado no país, e que estamos muito longe de uma solução?

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Recordando a infância, Feliz dia das Crianças

Dia das crianças é um feriado que eu gosto. Me faz lembrar que um dia eu fui criança (ainda sou em certos aspectos). É uma data que nos faz recordar dos brinquedos, das brincadeiras, dos amigos, da escola. Lembrar-se de uma doce época, que para muitos é a melhor fase da vida.

Sonho de consumo *_*
Lembro-me de muitos brinquedos que tive, e outros que nunca tive. Por exemplo, eu sempre fui louco por aqueles ‘ferroramas’ que não fabricam mais hoje em dia. Era um brinquedo muito caro na época, os vagões e locomotivas eram muito bem trabalhos, sem falar no cenário. Hoje em dia se ainda fabricassem esses trens, eu compraria um sem pensar duas vezes.

Eu nunca fui muito de brincar na rua, e isso nunca me fez falta. Gostava muito de jogos de tabuleiro (volta e meia me reúno com a galera para jogar banco imobiliário), gostava de cartas, e vídeo game. Meu pai sempre dizia que boa era a infância dele, ele brincava de pião, empinava pipa, jogava bola na rua (curioso como tem gente bem mais nova que eu que teve a mesma infância de meu pai). Tudo isso parecia bem legal, mas eu tive uma boa infância brincando dentro de casa também.

Outro sonho de consumo, mas esse eu ganhei! \☺/
Não é que eu ficasse o tempo todo dentro de casa ficando pálido, era só que nem toda brincadeira tradicional me chamava a atenção. No entanto eu brinquei e muito de garrafão, bandeirinha, queimada (é queimada, e daí?), cabo de guerra, amarelinha vulgo macaca (de novo, e daí?) e as piras da vida. De todas as piras minha favorita era a pira garrafa, brinquei muito disso.

Eu tive muitos bons amigos durante minha infância, a maioria de minhas amizades começou em locadoras de games e fliperamas. Teve muita gente legal que eu conheci e que infelizmente não fazem parte de minha vida atualmente, mas amizades da infância são boas por que são sinceras em sua maioria.

Bons tempos da 'Good Times' fliperama.
Nunca corri atrás de pipa! u_u
Na escola sempre tinha uma ou outra matéria que deixava entediado, como não dava pra conversar, eu ficava escrevendo estorinhas e poeminhas entre um bilhetinho e outro. E pela primeira vez vou publicar um poeminha que escrevi e decorei há muito tempo durante uma aula de matemática.



Cheirinho de cachorro quente
nham nham
Mostarda e fritas mais misto quente
A fome começa pela mente

Mas que coisa é essa que não tem nada a ver?
Fico apenas pensando em comer!

Já estou entediado
E o tempo está parado
É no almoço que mando ver

Devem estar vendo patati patata
Sim, é um poeminha meio vergonhoso (devia ser horário próximo ao recreio), mas eu era criança e olhando agora, até que parece bonitinho. O importante é nunca esquecermos que fomos crianças um dia, e tentar manter viva a curiosidade e vivacidade de nossa infância. Acho triste que haja pessoas que deixam de ver uma animação como o Rei Leão, por exemplo, (que eu gosto muito) por achar que é coisa de criança. Assista sem vergonha, passe um tempo com seu filho (a), sobrinho (a), seja criança. Afinal se recordar é viver, vivamos então com toda força.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O politicamente correto no alvo dos 'moderninhos'

A mídia vem criando verdadeiros manipuladores de opiniões que levantam uma bandeira de ‘sem papas na língua’. Essa galera é tida como moderna, corajosa, e de opinião. Não importa o que eles digam ou façam, eles estão sempre certos e o resto está errado, pelo menos essa é a visão deles e é essa a imagem que é vendida nas emissoras do país. Quem for de encontro a essas pessoas vai ser tachado de falso moralista, chato e desocupado.
Os tidos comediantes querem falar qualquer coisa, ofender, fazer apologia ao crime e no fim querem sair de vítimas. Querem parecer pessoas pra frente, moderninhos que lutam contra os opressores. E basta falarem algo contra eles que evocam logo um grito que causa medo em muita gente: CENSURA. Não há nada de censura nisso, podem-se fazer piadas (de mau gosto ou não) do que e de quem você quiser, tendo em mente que isso vai causar uma reação por parte de alguém que se sentir ofendido. A aos stands um recado: quando isso acontecer não banque o onipotente dono da verdade o qual nada atinge, seja homem e assuma seu erro.
Há quem tome as dores dessas pessoas que não acrescentam em nada ao mundo. Dizem que eles são vitimas por lutarem contra os ricos, mas não observam que os tais lutadores do stand up estão enriquecendo falando besteiras e atirando b.. no ventilador. Dizem que são talentosos e engraçados, mas não vejo talento em pessoas que denigrem a imagem de terceiros.
Esse tipo de situação só me lembra tempos de escola em que sempre tinha um engraçadinho que ganhava fama e popularidade fazendo piadinhas do gordinho, do tímido, da feia, do quatro olhos. E os ofendidos sequer podiam procurar a professora que a coisa piorava com puxa-saco, filhinho da mamãe, otário e sem graça.  Não estou dizendo que o que os stands estão fazendo é bullying, digo apenas que boa educação vem de berço. Talento é raro, e não é qualquer um metido a engraçado que tem.
Respeito é algo que deve existir em qualquer nível da sociedade, em qualquer programa de TV seja ele bom ou não. Respeito deve ser ensinado e passado adiante, devemos acabar com essa hipocrisia de exigir respeito para os nossos enquanto rimos e aplaudimos de pé piadas desrespeitosas de alguém sem a menor graça que só está na mídia porque ainda há muitos que os defendam. 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Um basta no Bastos

Até onde uma piada pode ser considerada de mau gosto? Foi de muito mau gosto a piada que o Rafinha Bastos do CQC fez sobre a gravidez da cantora Wanessa Camargo no último 19/09. É claro que tudo repercutiu de forma muito negativa na imprensa. Ontem, a alta cúpula da TV Bandeirantes, que está em um evento na frança, resolveu afastar o apresentador do programa.
Faz meses que o apresentador vem fazendo piadas de humor negro de forma desprovida e sem noção, mas somente agora que o apresentador foi afastado. Claro, ele não mexeu desta vez com anônimas que exercem o direito de amamentação, ou com vitimas de estupro e feias. Ele mexeu com pessoas influentes que poderiam processar a TV Bandeirantes e causar muito prejuízo.
Wanessa Camargo como a maior ofendida da piada poderia muito bem exigir retratação pública do apresentador em nome de muitas as mulheres mães e grávidas que de alguma forma sentiram-se ofendidas com a piada do apresentador.
Eu gosto de humor negro dentro da medida. Dizem que não deve haver limites para o humor, mas acho que tudo deve haver um limite. Fazer apologia ao crime, usar linguagem agressiva e piadas envolvendo mães e seus filhos na barriga não é piada, e muito menos é engraçado.
Fica a questão no ar, a quem que Rafinha Bastos ofendeu? É claro que Wanessa Camargo é um nome influente, mas as piadinhas do Sr. Bastos vêm atingindo diversas pessoas, em especial as mulheres há muito tempo. Há quem defenda  essas piadas alegando liberdade de expressão, humor negro, mas basta mexer com alguém mais influente que tudo passa a ser de mau gosto. Como diria o velho bordão, ‘foi mexer com muié de coroné...?