quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Travessa Apinagés e a vontade popular

Recentemente a travessa Apinagés teve seu nome trocado para Travessa Jerônimo Rodrigues, em projeto apresentado pelo vereador Gervásio Morgado (PR) e aprovado na câmara por 24 votos a 4. Para que possa ser feita a mudança de nome de logradouros públicos, é necessária uma consulta popular. Aparentemente não foi feita nenhum tipo de consulta com os moradores da Travessa e adjacências. Muitas pessoas em Belém sequer sabem da mudança enquanto outros se sentiram ultrajados alegando assassinato cultural. Nos últimos meses diversas pessoas vêm se mobilizando através de abaixo assinado como uma tentativa de trazer de volta o nome da Rua Apinagés.
Existem muito poucas homenagens às nações indígenas ao longo de nossa estória. Pela cidade podemos ver Timbó, tupinambás, Mundurucus entre outras ruas que lembram que estas nações estiveram aqui antes de nós. Estas são homenagens legítimas sem nem um tipo de fim lucrativo, onde tudo o que se anseia é lembrar-se de povos que são os habitantes originais desta terra. Lembrá-los é manter viva a memória de um povo.
Contudo, esquecer estes nomes com o intuito de homenagear empresários, instituições e políticos, nada mais é do que atos com fins lucrativos sejam eles eleitoreiros, demagogos ou financeiros.
Os nossos políticos parecem estar deveras preocupados com tais homenagens à chamada elite de Belém. Talvez eles não saibam o papel de um vereador, pois a sensação que temos é de que os políticos defendem interesses da iniciativa privada, e, eventualmente, eles mesmos e esquecem que há um povo que confiou neles e que no fundo, em muitos casos, foram enganados.
O ato de trocar o nome das ruas de Belém que representam nossa história é um desprestígio para com toda uma população e sua memória. Amanhã (20/10) será feita uma sessão especial na câmara municipal de Belém (CMB) para discussão do tema acerca da volta do nome Apinagés. Esperemos que desta vez os vereadores entendam a vontade do povo e o atenda sem mais delongas. 

terça-feira, 18 de outubro de 2011

'Puxada de orelha' ao vivo deixa apresentador do SBT Pará constrangido

O apresentador do SBT Pará acabou levando uma puxada de orelha de sua diretora ao vivo depois de mostrar sua opinião um tanto quanto tendenciosa. O fato ocorreu na edição de hoje (18/10).
O jornalista apresentava uma reportagem sobre um acidente na marques de Herval envolvendo uma caminhonete e um caminhão. Segundo testemunho de transeuntes, a motorista da caminhonete teria avançado a preferencial ocasionando o acidente.
Após a apresentação da matéria, o apresentador disse que há muitas pessoas despreparadas no trânsito, e que essas pessoas deviam estar em casa limpando o chão ou atrás do fogão, ele ainda tentou amenizar dizendo que isso valia para homens e mulheres, mas o estrago já estava feito, para a surpresa de muitos telespectadores a diretora chamou a atenção do apresentador ao vivo.
Segundo ela o apresentador foi tendencioso com o argumento apresentado. A diretora ainda disse que dirige muito bem e que muitos homens dirigem mal, o apresentador por sua vez disse que não tinha uma única multa. Depois do leve bate boca, o apresentador totalmente sem ação, limitou-se a dizer que em nenhum outro jornal o telespectador veria uma discussão democrática como aquela.
A guerra dos sexos é antiga, mas é preciso saber que as mulheres estão presentes em várias profissões. Passou-se o tempo em que homem poderia dizer qualquer coisa sem esperar por uma resposta. Admiro muito mulheres que são fortes e independentes, em um mundo com tanta repressão cada ato como esse é uma vitória. O que você acha? Dê sua opinião.

sábado, 15 de outubro de 2011

Morre sem teto nas ruas de Belém

Um morador de rua passou mal e veio a óbito no inicio desta noite (15/10) na Boulevard Castilhos França, no Ver-o-Peso em Belém. Segundo relatos, o homem estava pedindo esmolas quando passou mal e veio a falecer na calçada.
A polícia confirma se tratar de um morador de rua. O policiamento aguarda a chegada do IML para remoção do corpo. As causas da morte ainda são desconhecidas.
Fica agora a pergunta: Quantas pessoas mais precisarão morrer para que o povo brasileiro acorde para a realidade? Quantos mais vão morrer como indigentes, ou nas portas de um pronto socorro, mortos no fogo cruzado da policia e bandido?
Quando é que o povo vai criar a consciência de que há algo muito errado no país, e que estamos muito longe de uma solução?

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Recordando a infância, Feliz dia das Crianças

Dia das crianças é um feriado que eu gosto. Me faz lembrar que um dia eu fui criança (ainda sou em certos aspectos). É uma data que nos faz recordar dos brinquedos, das brincadeiras, dos amigos, da escola. Lembrar-se de uma doce época, que para muitos é a melhor fase da vida.

Sonho de consumo *_*
Lembro-me de muitos brinquedos que tive, e outros que nunca tive. Por exemplo, eu sempre fui louco por aqueles ‘ferroramas’ que não fabricam mais hoje em dia. Era um brinquedo muito caro na época, os vagões e locomotivas eram muito bem trabalhos, sem falar no cenário. Hoje em dia se ainda fabricassem esses trens, eu compraria um sem pensar duas vezes.

Eu nunca fui muito de brincar na rua, e isso nunca me fez falta. Gostava muito de jogos de tabuleiro (volta e meia me reúno com a galera para jogar banco imobiliário), gostava de cartas, e vídeo game. Meu pai sempre dizia que boa era a infância dele, ele brincava de pião, empinava pipa, jogava bola na rua (curioso como tem gente bem mais nova que eu que teve a mesma infância de meu pai). Tudo isso parecia bem legal, mas eu tive uma boa infância brincando dentro de casa também.

Outro sonho de consumo, mas esse eu ganhei! \☺/
Não é que eu ficasse o tempo todo dentro de casa ficando pálido, era só que nem toda brincadeira tradicional me chamava a atenção. No entanto eu brinquei e muito de garrafão, bandeirinha, queimada (é queimada, e daí?), cabo de guerra, amarelinha vulgo macaca (de novo, e daí?) e as piras da vida. De todas as piras minha favorita era a pira garrafa, brinquei muito disso.

Eu tive muitos bons amigos durante minha infância, a maioria de minhas amizades começou em locadoras de games e fliperamas. Teve muita gente legal que eu conheci e que infelizmente não fazem parte de minha vida atualmente, mas amizades da infância são boas por que são sinceras em sua maioria.

Bons tempos da 'Good Times' fliperama.
Nunca corri atrás de pipa! u_u
Na escola sempre tinha uma ou outra matéria que deixava entediado, como não dava pra conversar, eu ficava escrevendo estorinhas e poeminhas entre um bilhetinho e outro. E pela primeira vez vou publicar um poeminha que escrevi e decorei há muito tempo durante uma aula de matemática.



Cheirinho de cachorro quente
nham nham
Mostarda e fritas mais misto quente
A fome começa pela mente

Mas que coisa é essa que não tem nada a ver?
Fico apenas pensando em comer!

Já estou entediado
E o tempo está parado
É no almoço que mando ver

Devem estar vendo patati patata
Sim, é um poeminha meio vergonhoso (devia ser horário próximo ao recreio), mas eu era criança e olhando agora, até que parece bonitinho. O importante é nunca esquecermos que fomos crianças um dia, e tentar manter viva a curiosidade e vivacidade de nossa infância. Acho triste que haja pessoas que deixam de ver uma animação como o Rei Leão, por exemplo, (que eu gosto muito) por achar que é coisa de criança. Assista sem vergonha, passe um tempo com seu filho (a), sobrinho (a), seja criança. Afinal se recordar é viver, vivamos então com toda força.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O politicamente correto no alvo dos 'moderninhos'

A mídia vem criando verdadeiros manipuladores de opiniões que levantam uma bandeira de ‘sem papas na língua’. Essa galera é tida como moderna, corajosa, e de opinião. Não importa o que eles digam ou façam, eles estão sempre certos e o resto está errado, pelo menos essa é a visão deles e é essa a imagem que é vendida nas emissoras do país. Quem for de encontro a essas pessoas vai ser tachado de falso moralista, chato e desocupado.
Os tidos comediantes querem falar qualquer coisa, ofender, fazer apologia ao crime e no fim querem sair de vítimas. Querem parecer pessoas pra frente, moderninhos que lutam contra os opressores. E basta falarem algo contra eles que evocam logo um grito que causa medo em muita gente: CENSURA. Não há nada de censura nisso, podem-se fazer piadas (de mau gosto ou não) do que e de quem você quiser, tendo em mente que isso vai causar uma reação por parte de alguém que se sentir ofendido. A aos stands um recado: quando isso acontecer não banque o onipotente dono da verdade o qual nada atinge, seja homem e assuma seu erro.
Há quem tome as dores dessas pessoas que não acrescentam em nada ao mundo. Dizem que eles são vitimas por lutarem contra os ricos, mas não observam que os tais lutadores do stand up estão enriquecendo falando besteiras e atirando b.. no ventilador. Dizem que são talentosos e engraçados, mas não vejo talento em pessoas que denigrem a imagem de terceiros.
Esse tipo de situação só me lembra tempos de escola em que sempre tinha um engraçadinho que ganhava fama e popularidade fazendo piadinhas do gordinho, do tímido, da feia, do quatro olhos. E os ofendidos sequer podiam procurar a professora que a coisa piorava com puxa-saco, filhinho da mamãe, otário e sem graça.  Não estou dizendo que o que os stands estão fazendo é bullying, digo apenas que boa educação vem de berço. Talento é raro, e não é qualquer um metido a engraçado que tem.
Respeito é algo que deve existir em qualquer nível da sociedade, em qualquer programa de TV seja ele bom ou não. Respeito deve ser ensinado e passado adiante, devemos acabar com essa hipocrisia de exigir respeito para os nossos enquanto rimos e aplaudimos de pé piadas desrespeitosas de alguém sem a menor graça que só está na mídia porque ainda há muitos que os defendam. 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Um basta no Bastos

Até onde uma piada pode ser considerada de mau gosto? Foi de muito mau gosto a piada que o Rafinha Bastos do CQC fez sobre a gravidez da cantora Wanessa Camargo no último 19/09. É claro que tudo repercutiu de forma muito negativa na imprensa. Ontem, a alta cúpula da TV Bandeirantes, que está em um evento na frança, resolveu afastar o apresentador do programa.
Faz meses que o apresentador vem fazendo piadas de humor negro de forma desprovida e sem noção, mas somente agora que o apresentador foi afastado. Claro, ele não mexeu desta vez com anônimas que exercem o direito de amamentação, ou com vitimas de estupro e feias. Ele mexeu com pessoas influentes que poderiam processar a TV Bandeirantes e causar muito prejuízo.
Wanessa Camargo como a maior ofendida da piada poderia muito bem exigir retratação pública do apresentador em nome de muitas as mulheres mães e grávidas que de alguma forma sentiram-se ofendidas com a piada do apresentador.
Eu gosto de humor negro dentro da medida. Dizem que não deve haver limites para o humor, mas acho que tudo deve haver um limite. Fazer apologia ao crime, usar linguagem agressiva e piadas envolvendo mães e seus filhos na barriga não é piada, e muito menos é engraçado.
Fica a questão no ar, a quem que Rafinha Bastos ofendeu? É claro que Wanessa Camargo é um nome influente, mas as piadinhas do Sr. Bastos vêm atingindo diversas pessoas, em especial as mulheres há muito tempo. Há quem defenda  essas piadas alegando liberdade de expressão, humor negro, mas basta mexer com alguém mais influente que tudo passa a ser de mau gosto. Como diria o velho bordão, ‘foi mexer com muié de coroné...?