terça-feira, 13 de março de 2012

Férias forçadas

Faz um pouco mais de um mês que não publico nada por aqui. O motivo foi o conturbado inicio de ano que tive, propostas de emprego, treinamentos, estágios e até proposta para trabalhar no interior do estado.
Nesse meio tempo muita coisa aconteceu no mundo. Gostaria de ter escrito algo sobre cada grande assunto, expor opiniões e saber opiniões e pontos de vista de todos.
Agora não estou tão livre como no ano passado mas pretendo postar algo por aqui nem que seja semanalmente. Espero que os leitores de sempre continuem acompanhando e espero a participação de todos. Um grande abraço!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O fim do mundo começa em nós

O fim do mundo está próximo. Mas não pense você que é por causa de previsões de civilizações antigas, de Nostradamus, ou de causas espirituais ou científicas. O fim do mundo está próximo por causa da arrogância humana. A terra sangra e seu sangue é negro, vale muito e não se renova.
Todos querem ter o controle absoluto do sangue e usam desculpas para ter armas de destruição em massa. O Irã alega que seu enriquecimento de Urânio tem fins pacíficos, contudo países liderados pelos Estados Unidos alegam uma possível construção de armas nucleares.
O Irã vem fazendo exercícios militares com mísseis de curto e longo alcance. Muitos iranianos concordam com os testes alegando que um país deve proteger suas fronteiras. Do outro lado, os Estados Unidos mostram seu porta-aviões no Golfo Pérsico como se desse um alerta.
Além de sanções econômicas como o congelamento do dinheiro iraniano no exterior e a conseqüente interrupção da compra de petróleo do Irã, EUA e Israel ameaçam tomar medidas drásticas caso o Irã esteja desenvolvendo bombas atômicas. Do outro lado, o Irã avisa que caso isso aconteça, além de fechar o estreito de Ormuz, haverá uma resposta ‘arrasadora’ e pediu para que os EUA fiquem longo do golfo.
Com tanta conversa sobre o fim do mundo, tantas teorias de cometas e alinhamento planetário, nós simplesmente esquecemos um mal maior como a arrogância humana. Se estes países entrarem em conflito, quem é que vai precisar da queda de um cometa ou inversão dos pólos para uma destruição em massa?

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Abaixo à discriminação e ao preconceito

Gente, a discriminação e o preconceito são maus que corroem a sociedade como uma doença silenciosa. Quem é preconceituoso não assume o preconceito ou por medo de ser mal visto, ou simplesmente por não conseguir enxergar seu próprio mal. Justo o Brasil que tem como marca a miscigenação racial, ainda encontramos marcas do ódio, seja contra negros, índios ou homossexuais. E muitos de nós passamos infelizmente por situações assim.
A primeira vez que sofri discriminação na vida eu tinha mais ou menos dez anos de idade. No momento não soube exatamente o que estava acontecendo, mas depois a ficha caiu. Outras situações vieram com o fato de eu ser descendente de índios, por não usar roupas de marca, ou por razões que eu desconheço até hoje.
Depois de tantas situações, ficou um tanto fácil de notar o que acontece ao me redor, sei quando sou vítima de discriminação e luto para que não aconteça novamente. Não gosto de discriminação em nem uma forma, não gosto do preconceito que as pessoas pregam como se fosse normal, e não gosto de injustiças que vemos todos os dias na TV. Isso tudo não passa de manifestação desse câncer que corrói nossa sociedade.
Há quem se valha de qualquer pretexto para discriminar ou disfarçar seu preconceito. Há quem mostre escancaradamente seus ideais preconceituosos, mas o fato é que em sua maioria, quem é preconceituoso e discriminador é também covarde.
É fácil esconder o fato de não gostar de alguém por ser diferente, impor seus ideais apenas para familiares e pessoas que são forçadas a concordar com o absurdo, difícil é se auto-avaliar e mudar como pessoa, tomando uma atitude contra a discriminação e preconceito.
Felizmente, há casos em que a corrente de ódio é rompida. Não é por que os pais têm uma mente fechada para o mundo que os filhos vão ter. Já vi casos em que pais racistas não conseguiram doutrinar os filhos, causando indisposição entre os mesmos por causa das divergências de ideias.
Às vezes me pergunto, até quando tanto ódio e indiferença vão durar? Se preconceito, ódio, etnocentrismo, discriminação são valores de sociedades retrógradas, podemos dizer então que pessoas livres de tais valores são pessoas evoluídas. Viva então, a evolução! O alvorecer de um mundo onde todos se respeitem, um lugar livre onde caibam diferentes etnias, credos e opção sexual. Que 2012 seja o marco inicial, afinal, tudo depende de nós, cabe a nós decidir se traremos luz ao mundo, ou sentaremos à escuridão da intolerância. 

sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz 2012

Última postagem do ano! Espero que todos os meus leitores continuem comigo em 2012 e que novos venham. Comecei a escrever aqui há alguns meses, espero que no ano que vem eu tenha mais tempo para escrever mais e sobre assuntos relevantes. Gostaria de promover debates sobre temas atuais com a participação de todos na tentativa de prestar um serviço a todos nós. Obrigado a todos que me acompanharam nesse tempo e quero aproveitar para desejar um 2012 cheio de saúde e disposição para corrermos atrás de todas nossas realizações, sejam pessoais ou profissionais. Fiquem bem! ^^

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O caos nosso de cada dia no trânsito

Falta de respeito no trânsito

Hoje foi um dia daqueles em que o subúrbio engarrafou! Sim, foi-se o tempo em que congestionamentos eram exclusividade do centro de Belém, hoje em dia o subúrbio também é chic, e vive seus minutos de caos como toda grande metrópole do Brasil. Você pode até dizer que isso é normal e que nossos congestionamentos não são grande coisa se comparados com os de São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo. A questão é, até quando a prefeitura vai ficar parada vendo o transito lentamente parar?
Há tempos que o entroncamento é um cartão de visitas problemático. Mesmo antes da construção da rotatória, a tragédia já era anunciada. Fizeram projetos, o dinheiro foi liberado e um pouco foi feito. E como de costume, o pouco feito foi insuficiente para sanar o problema. O trânsito é intenso demais e muitas pessoas não são preparadas para usar rotatória pelo simples fato de não serem bons motoristas. E mais uma medida paliativa foi implementada.
Deve-se lembrar que alem do complexo viário do entroncamento, foi gasto uma fortuna para erguer o Pórtico Metrópole. Uma obra de forma fálica de extremo mau gosto, que mais serve para lembrar o patriarcalismo e coronelismo que infelizmente ainda vivemos. A obra foi criada com a promessa de desafogar o trânsito do entroncamento e proximidades, mas infelizmente, outra obra paliativa.
Rua da Marinha congestionada
É claro que não podemos esquecer que o motorista tem grande parcela de culpa nesse caos do qual o transito de Belém vem se tornando. Falando claramente, tem muita gente sem capacidade de dirigir por aí, isso somado a falta de educação imprudência na certa. Muitos motoristas estavam correndo pelas vielas do conjunto onde vivo e por pouco uma criança não foi atropelada. No fim da tarde do hoje o transito aqui na vizinhança estava assim: ônibus não respeitava carro menor, ninguém respeitava o pedestre, o pedestre corria na frente do carro, bicicletista pensava que estava em moto, era um caos absoluto.
Congestionamento perto da rotatória
Às vezes tenho a sensação de que o poder público está esperando Belém parar e mais pessoas morrerem para fazer algo, não é possível que eles não estejam vendo o caos aí nas ruas. O poder público levou uma vida para construir a rotatória do entroncamento, e até onde lembro, no projeto original havia dois elevados que ficaram de fora da obra, e agora a prefeitura vem dizer que vai construir os mesmos no próximo ano, mas em quanto tempo?
O incrível nisso tudo é que a cidade está crescendo para esse lado pós entroncamento, o transito vem ficando cada vez mais caótico, a ciclovia que iria até Icoaraci ficou pela metade, a Rodovia Augusto Montenegro está se deteriorando, e em alguns pontos o transito segue lento, principalmente no cruzamento perto do supermercado Líder.
A cada dia que passa a situação piora, não sou engenheiro de trânsito, mas parece que se nada for feito vai chegar um momento em que tudo vai parar. E é de todo um sistema que falo, para termos um transito melhor precisamos ter vias melhores, agentes de transito capacitados, sinalização, políticas públicas que conscientizem o motorista a dirigir melhor, ser mais educado e paciente. Hoje ficamos parados vendo isso acontecer, amanhã poderemos estar parados dentro de um carro em um engarrafamento (isso se não for em um ônibus lotado). Infelizmente o transito em Belém está igual a cara do progresso brasileiro, segue lento e de mãos dadas com a pouca educação que temos. 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Preconceito: uma ferida aberta em nossa nação

O Brasil deveria ser um país sem preconceitos. Infelizmente isso é utopia. Há quem promova correntes de ódio nas redes sociais. Para muitas pessoas do Sul e Sudeste, os Nortistas e Nordestinos não passam de estorvo para a economia brasileira. Acho inacreditável que esse tipo de preconceito exista em um país multicultural como o Brasil, depois de toda nossa história de colonos, massacres indígenas, escravidão e discriminação, tudo o que não precisamos são demonstrações de ódio e preconceito nas redes sociais.
Uma usuária do twitter deflagrou comentários preconceituosos e racistas contra nordestinos (racismo não é crime?) na noite de ontem e manhã de hoje (09/12). O pior é esse tipo de atitude acaba atraindo outras pessoas que pensam da mesma forma que ela. Eu não entendo como pode as pessoas falar tanto de desenvolvimento do Brasil, com tanto preconceito e ódio embutido?
Infelizmente o preconceito é uma via de mão dupla. Algumas pessoas levantam a bandeira contra o preconceito exaltando o que o povo nordestino tem de melhor, como as praias, o calor humano, o carnaval, a alegria de um povo. Enquanto que outras pessoas fazem ataques igualmente preconceituosos contra os sulistas. O que é necessário entender é que não se deve combater ódio com ódio.
Nem todas as pessoas do Sul compartilham da opinião dessa moça, assim como nem todas as pessoas do nordeste compartilham de opiniões de ódio contra as demais regiões. Na cola de tudo isso, vem a galera da ‘liberdade de expressão’. Eu já disse antes que todos têm o direito de falar o que bem entender, desde que se responsabilize pelo o que foi dito.
O que essa garota postou vai muito além de opinião pessoal, o que ela escreveu é de uma periculosidade neonazista. Acho que se as pessoas tivessem um acesso melhor à educação de qualidade, elas não cometeriam os erros de outras nações como a xenofobia e preconceito.
É triste ver que a noção de nação quase não existe em nosso país. Como crescer com tanta desunião? Alguns sulistas reclamam que ‘sustentam’ o nordeste. Mas não é dever de uma nação zelar pelas regiões mais carentes? De onde vem tanto individualismo? Isso eu não saberia como responder, mas talvez essa atitude individualista justifique o motivo de tanta corrupção. Talvez esse ódio e preconceito, essa desunião explique porque há tanta gente desviando dinheiro sem o menor peso na consciência. Afinal, se não houvesse tanta corrupção talvez o norte e nordeste não fossem tão necessitados de ajuda.
Devemos ser conscientes de que somos um povo, devemos combater todo tipo de preconceito e discriminação. Contudo, devemos combater de forma inteligente, e não com a mesma moeda. Eu tenho certeza de que esses sentimentos tão pobres não são da maioria desse povo genuinamente brasileiro. Sejamos filhos unidos, façamos de nossa mãe pátria, cada vez mais gentil.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Um exemplo de vontade popular (O retorno dos Apinagés)

Aconteceu recentemente em Belém um ótimo exemplo de força e união, uma luta pela vontade popular sobre a tirania de alguns de nossos políticos. A queda de braço entre o vereador Gevársio Morgado (PR) e o movimento popular apartidário Sempre Apinagés, que vinha acontecendo nos últimos meses, teve um desfecho hoje.
Povo não aceitou a mudança
Tudo começou quando um projeto apresentado pelo vereador acima citado trocou o nome da Travessa Apinagés pelo nome de um empresário da cidade, falecido no ano passado. Para muitos a troca foi arbitrária, uma vez que feria o patrimônio cultural da cidade e não houve a consulta popular.
O movimento pressionou o vereador Morgado e a Câmara Municipal de Belém (CMB) pelo retorno do antigo nome que fazia homenagem, como muitas outras ruas de Belém, a uma das nações indígenas que aqui habitavam. A decisão foi unânime (28 a 0), e alguns moradores que vivem na avenida há mais de 40 anos, e que estavam presentes na CMB, optaram por chamar a travessa não apenas de Apinagés, mas de Travessa dos Apinagés.
O brado popular deve ser ouvido
Este movimento é um exemplo de como o povo pode ser forte quando preciso. É importante sempre bater na mesma tecla, observe em que você votou, cobre, compareça na CMB, faça valer seus direitos. Uma pessoa sozinha pode ser apenas uma voz, mas um grupo organizado e que sabe o que quer, pode ser um brado retumbante nos ouvidos dos políticos. Hoje a vitória foi em busca de nossa identidade cultural, amanhã pode ser para melhorias na educação, saúde, segurança pública, melhores condições de vida, melhores salários...