sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz 2012

Última postagem do ano! Espero que todos os meus leitores continuem comigo em 2012 e que novos venham. Comecei a escrever aqui há alguns meses, espero que no ano que vem eu tenha mais tempo para escrever mais e sobre assuntos relevantes. Gostaria de promover debates sobre temas atuais com a participação de todos na tentativa de prestar um serviço a todos nós. Obrigado a todos que me acompanharam nesse tempo e quero aproveitar para desejar um 2012 cheio de saúde e disposição para corrermos atrás de todas nossas realizações, sejam pessoais ou profissionais. Fiquem bem! ^^

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O caos nosso de cada dia no trânsito

Falta de respeito no trânsito

Hoje foi um dia daqueles em que o subúrbio engarrafou! Sim, foi-se o tempo em que congestionamentos eram exclusividade do centro de Belém, hoje em dia o subúrbio também é chic, e vive seus minutos de caos como toda grande metrópole do Brasil. Você pode até dizer que isso é normal e que nossos congestionamentos não são grande coisa se comparados com os de São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo. A questão é, até quando a prefeitura vai ficar parada vendo o transito lentamente parar?
Há tempos que o entroncamento é um cartão de visitas problemático. Mesmo antes da construção da rotatória, a tragédia já era anunciada. Fizeram projetos, o dinheiro foi liberado e um pouco foi feito. E como de costume, o pouco feito foi insuficiente para sanar o problema. O trânsito é intenso demais e muitas pessoas não são preparadas para usar rotatória pelo simples fato de não serem bons motoristas. E mais uma medida paliativa foi implementada.
Deve-se lembrar que alem do complexo viário do entroncamento, foi gasto uma fortuna para erguer o Pórtico Metrópole. Uma obra de forma fálica de extremo mau gosto, que mais serve para lembrar o patriarcalismo e coronelismo que infelizmente ainda vivemos. A obra foi criada com a promessa de desafogar o trânsito do entroncamento e proximidades, mas infelizmente, outra obra paliativa.
Rua da Marinha congestionada
É claro que não podemos esquecer que o motorista tem grande parcela de culpa nesse caos do qual o transito de Belém vem se tornando. Falando claramente, tem muita gente sem capacidade de dirigir por aí, isso somado a falta de educação imprudência na certa. Muitos motoristas estavam correndo pelas vielas do conjunto onde vivo e por pouco uma criança não foi atropelada. No fim da tarde do hoje o transito aqui na vizinhança estava assim: ônibus não respeitava carro menor, ninguém respeitava o pedestre, o pedestre corria na frente do carro, bicicletista pensava que estava em moto, era um caos absoluto.
Congestionamento perto da rotatória
Às vezes tenho a sensação de que o poder público está esperando Belém parar e mais pessoas morrerem para fazer algo, não é possível que eles não estejam vendo o caos aí nas ruas. O poder público levou uma vida para construir a rotatória do entroncamento, e até onde lembro, no projeto original havia dois elevados que ficaram de fora da obra, e agora a prefeitura vem dizer que vai construir os mesmos no próximo ano, mas em quanto tempo?
O incrível nisso tudo é que a cidade está crescendo para esse lado pós entroncamento, o transito vem ficando cada vez mais caótico, a ciclovia que iria até Icoaraci ficou pela metade, a Rodovia Augusto Montenegro está se deteriorando, e em alguns pontos o transito segue lento, principalmente no cruzamento perto do supermercado Líder.
A cada dia que passa a situação piora, não sou engenheiro de trânsito, mas parece que se nada for feito vai chegar um momento em que tudo vai parar. E é de todo um sistema que falo, para termos um transito melhor precisamos ter vias melhores, agentes de transito capacitados, sinalização, políticas públicas que conscientizem o motorista a dirigir melhor, ser mais educado e paciente. Hoje ficamos parados vendo isso acontecer, amanhã poderemos estar parados dentro de um carro em um engarrafamento (isso se não for em um ônibus lotado). Infelizmente o transito em Belém está igual a cara do progresso brasileiro, segue lento e de mãos dadas com a pouca educação que temos. 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Preconceito: uma ferida aberta em nossa nação

O Brasil deveria ser um país sem preconceitos. Infelizmente isso é utopia. Há quem promova correntes de ódio nas redes sociais. Para muitas pessoas do Sul e Sudeste, os Nortistas e Nordestinos não passam de estorvo para a economia brasileira. Acho inacreditável que esse tipo de preconceito exista em um país multicultural como o Brasil, depois de toda nossa história de colonos, massacres indígenas, escravidão e discriminação, tudo o que não precisamos são demonstrações de ódio e preconceito nas redes sociais.
Uma usuária do twitter deflagrou comentários preconceituosos e racistas contra nordestinos (racismo não é crime?) na noite de ontem e manhã de hoje (09/12). O pior é esse tipo de atitude acaba atraindo outras pessoas que pensam da mesma forma que ela. Eu não entendo como pode as pessoas falar tanto de desenvolvimento do Brasil, com tanto preconceito e ódio embutido?
Infelizmente o preconceito é uma via de mão dupla. Algumas pessoas levantam a bandeira contra o preconceito exaltando o que o povo nordestino tem de melhor, como as praias, o calor humano, o carnaval, a alegria de um povo. Enquanto que outras pessoas fazem ataques igualmente preconceituosos contra os sulistas. O que é necessário entender é que não se deve combater ódio com ódio.
Nem todas as pessoas do Sul compartilham da opinião dessa moça, assim como nem todas as pessoas do nordeste compartilham de opiniões de ódio contra as demais regiões. Na cola de tudo isso, vem a galera da ‘liberdade de expressão’. Eu já disse antes que todos têm o direito de falar o que bem entender, desde que se responsabilize pelo o que foi dito.
O que essa garota postou vai muito além de opinião pessoal, o que ela escreveu é de uma periculosidade neonazista. Acho que se as pessoas tivessem um acesso melhor à educação de qualidade, elas não cometeriam os erros de outras nações como a xenofobia e preconceito.
É triste ver que a noção de nação quase não existe em nosso país. Como crescer com tanta desunião? Alguns sulistas reclamam que ‘sustentam’ o nordeste. Mas não é dever de uma nação zelar pelas regiões mais carentes? De onde vem tanto individualismo? Isso eu não saberia como responder, mas talvez essa atitude individualista justifique o motivo de tanta corrupção. Talvez esse ódio e preconceito, essa desunião explique porque há tanta gente desviando dinheiro sem o menor peso na consciência. Afinal, se não houvesse tanta corrupção talvez o norte e nordeste não fossem tão necessitados de ajuda.
Devemos ser conscientes de que somos um povo, devemos combater todo tipo de preconceito e discriminação. Contudo, devemos combater de forma inteligente, e não com a mesma moeda. Eu tenho certeza de que esses sentimentos tão pobres não são da maioria desse povo genuinamente brasileiro. Sejamos filhos unidos, façamos de nossa mãe pátria, cada vez mais gentil.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Um exemplo de vontade popular (O retorno dos Apinagés)

Aconteceu recentemente em Belém um ótimo exemplo de força e união, uma luta pela vontade popular sobre a tirania de alguns de nossos políticos. A queda de braço entre o vereador Gevársio Morgado (PR) e o movimento popular apartidário Sempre Apinagés, que vinha acontecendo nos últimos meses, teve um desfecho hoje.
Povo não aceitou a mudança
Tudo começou quando um projeto apresentado pelo vereador acima citado trocou o nome da Travessa Apinagés pelo nome de um empresário da cidade, falecido no ano passado. Para muitos a troca foi arbitrária, uma vez que feria o patrimônio cultural da cidade e não houve a consulta popular.
O movimento pressionou o vereador Morgado e a Câmara Municipal de Belém (CMB) pelo retorno do antigo nome que fazia homenagem, como muitas outras ruas de Belém, a uma das nações indígenas que aqui habitavam. A decisão foi unânime (28 a 0), e alguns moradores que vivem na avenida há mais de 40 anos, e que estavam presentes na CMB, optaram por chamar a travessa não apenas de Apinagés, mas de Travessa dos Apinagés.
O brado popular deve ser ouvido
Este movimento é um exemplo de como o povo pode ser forte quando preciso. É importante sempre bater na mesma tecla, observe em que você votou, cobre, compareça na CMB, faça valer seus direitos. Uma pessoa sozinha pode ser apenas uma voz, mas um grupo organizado e que sabe o que quer, pode ser um brado retumbante nos ouvidos dos políticos. Hoje a vitória foi em busca de nossa identidade cultural, amanhã pode ser para melhorias na educação, saúde, segurança pública, melhores condições de vida, melhores salários...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O pensar de um político: Bolsonaro não respeita nem a Presidente

Se falta opções...

Eu tenho muito pouca fé nos políticos brasileiros. Toda eleição é a mesma coisa, eu procuro, procuro e procuro por alguém que tenha um pingo de coerência aliada a responsabilidade social. Quando não encontro pessoas assim, não tenho a menor vergonha de dizer que anulo meu voto. Faço isso com freqüência, mas não de forma irresponsável. Faço por que infelizmente temos muitos picaretas e aproveitadores travestidos de políticos. Uns ficam caladinhos apenas mamando nas tetas (fartas e carnudas) do governo, outros fingem que se importam, outros pensam que democracia é rivalidade (o meu PSDB é melhor que o seu PT), e há quem apenas queira chamar atenção para suas ideias retrógadas como o Deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ).
Dilma Rousseff
Em discurso na tribuna da câmara dos deputados em Brasília, ele insinuou com todas as letras que a Presidente Dilma Rousseff seria homossexual. Aparentemente o deputado, que critica e é contra os projetos anti-homofobia do governo, faltou com o decoro ao questionar sobre a sexualidade da Presidente.
Há quem vá promover as ideias do dito deputado, mas o problema que eu vejo é a falta de humanismo do mesmo. O homem tem um Ideal que vai de encontro ao que muitos lutam como igualdade, fraternidade, justiça e oportunidades de se exercer a cidadania em um país que se diz democrático. E algo que me incomoda é que se este senhor está lá, é por que uma parcela significativa da população concorda com tudo o que ele diz e defende.
Jair Bolsonaro
Não concordo com o ponto de vista do referido deputado, mas me pergunto, por que ele não gasta a energia, a facilidade de falar, seu apelo social em coisas realmente relevantes? O Bolsonaro insiste em atrapalhar o trabalho daqueles que estão lutando contra o ódio e o preconceito, seja dentro ou fora das escolas. Será que ódio e preconceito são inerentes ao deputado em questão? Ele alega estar defendendo a família brasileira, mas sendo assim, eu posso afirmar que conheço muitas famílias descentes que partilham do meu medo para com este homem.
No fim das contas o Bolsonaro tem o perfil de um legítimo Bully: ataca todos que são diferentes e não pensam como ele, tudo para chamar atenção para si. Infelizmente, ele é mais um que pode dizer o que quiser, pois é intocável. Contudo, levantar questões sobre a sexualidade da Presidente Dilma foi de uma deselegância enorme, sem falar que o mesmo pode ter cometido o crime de injúria. Mais um exemplo de que nossos políticos aparentam estar perdidos, sem saber o que fazer, sem saber como trabalhar. Quero acreditar sinceramente, que políticos melhores virão. 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Fim de greve, o prejuízo é de quem?

Fim da greve dos professores da rede estadual de ensino e parece que nada mudou. ‘Agora sim, meu filho não vai mais ser prejudicado’, disse um senhor na praça aqui perto de minha residência. Meu sobrinho disse que os professores levarão as aulas até junho do ano que vem, ‘sem férias!’ reclamou ele. O governo do estado prometeu pagar o piso em 2012. E então, será que está tudo uma maravilha?
Agora que os professores voltaram às salas fica uma pergunta, alguém ainda está sendo prejudicado? Fora o professor que precisa trabalhar em regime semi-escravista, temos muitos outros prejuízos dos quais a imprensa não faz cobertura. Muitos de nossos alunos freqüentam escolas sem a menor estrutura, sem higiene e segurança, por exemplo.
Por todo o Pará temos escolas caindo aos pedaços, faltando carteiras, material didático, professores qualificados e condições mínimas para uma educação pública de qualidade. Contudo, isso não é notícia. Agora sim, uma vez que os professores voltaram ao regime de trabalho semi-escravo, muitas pessoas devem pensar que os alunos não são mais prejudicados. E viva o governo do estado.
Recentemente estive em um colégio estadual no centro de Belém. O piso era cheio de buracos, as paredes eram pichadas, os ventiladores funcionavam de forma precária e nem vou falar da imundície dos banheiros. Aluno nenhum devia ser submetido a tal situação, mas agora que os professores cessaram a greve, acho que os alunos pararam de ser prejudicados, não é mesmo? Se no centro da capital as escolas estão assim, imagina as escolas do interior do estado.
Sonho com o dia em que o povo perceba qual a origem real do problema, e não ficar tacando pedras onde não é devido. Vamos acordar minha gente, os alunos têm direito a uma escola melhor, os professores têm direito a um salário digno, nós como sociedade temos direito a governantes melhores. Só nossa conscientização política pode transformar todos nossos direitos em realidade, somente nossa união pode construir um país digno, grande e forte, para nós e nossos filhos.

domingo, 13 de novembro de 2011

Poluição sonora, sintoma de um mal maior

A poluição sonora é um sintoma de uma sociedade doente. A sociedade brasileira parece estar em processo de decadência acelerada. Falta estrutura para diversas áreas primordiais como saúde e educação. A falta de educação de algumas pessoas afeta diretamente o bem estar e saúde de outras pessoas. O que falta para a sociedade é se conscientizar de que barulho incomoda a todos, e respeito e fundamental para uma boa convivência.
Hoje acordei ao som de fortes bastidas. O vizinho resolveu trocar o piso da casa dele ou algo do gênero. Sete horas da manhã de um domingo e os pedreiros, que não têm culpa de nada, batem, martelam, trabalham em ritmo de chicotadas, afinal o chefe chega da praia amanhã e quer ver tudo pronto.
Moro em uma rua movimentadíssima, durante a semana o som dos carros e buzinas são bastantes ensurdecedores. Os motoristas gritam, xingam, saem na contra mão e sempre, sempre estão certos. E para ‘alegrar’ todo esse caos, esse mar de mal educação, o carro som anuncia alegremente a subcultura das aparelhagens ‘mulheres e universitários não pagam até meia-noite’ grita o homem pela caixa acústica.
Onde quer que essa festa aconteça, os organizadores do evento não vão se importar nem um pouco se as ‘músicas’ vão incomodar os vizinhos ou não, o que eles querem é ganhar dinheiro de um povo que, infelizmente, sequer sabe se divertir. Um povo que vai voltar depois da festa fazendo barulho pela madrugada, atiçando cachorros, quebrando garrafas e muitos dos quais, assaltando pessoas que saem nas primeiras horas do dia para trabalhar. Trabalhadores cansados que não tiveram uma boa noite de sono, por conta da ‘música’ que tocava alto.
Vendedores ambulantes, carro-som, construções, carros com música alta, lojas com caixas acústicas anunciando promoções, celular no ônibus barulho para dar e ensurdecer. Nada de errado na opinião de muitos, faz parte desse cotidiano ‘maluco’ alegam outros, nada além da boa e velha liberdade de expressão. Bom, a meu ver isso é mais um sintoma de uma sociedade doente, falta-nos amor, compaixão e acima de tudo respeito ao próximo. Faltam-nos políticas que nos ensinem a conviver em sociedade, uma sociedade sadia onde um enxergue o outro, e não que andemos vendados por um mundo de poeira barulho.